Porque aumenta o número de jovens que vão morar na Europa?

Cresce a cada dia o número de jovens que partem para uma experiência diferente e vão tentar a vida na Europa. A maioria segue para um ano de experiência na Alemanha, através de uma agência de Nova Petrópolis.

Se tivesse uma estatística de todos que vão à Europa, EUA e Canadá, seja para trabalhar como “au pair” ou para intercâmbio para aperfeiçoar o inglês, com certeza o número seria muito grande. O dinheiro pode não ser muito, mas o fato de morar na Europa conta muito como experiência e vale pontos preciosos no currículo na volta ao Brasil.

Por um lado, muitos que vão trabalhar um ano na Alemanha ou na Nova Zelândia encaram como uma viagem de férias. No entanto, ao analisar o outro lado da moeda, isso mostra que o pessoal vai para lá, salvo raríssimas exceções, porque aqui as oportunidades de emprego não são satisfatórias.

Quando é que nossas autoridades vão olhar para os jovens, oferecer cursos profissionalizantes e dar oportunidades de empregos? Nossa sociedade precisa investir no jovem antes, para depois não reclamar que os “jovens de hoje em dia não são como os jovens de antigamente”. Ora, se muitos jovens só prestam pra fazer festa e encher a cara, talvez é porque não se oferece oportunidade para fazer nada diferente.

Que tal um Município propiciar o surgimento de novas empresas, inclusive com jovens no comando, possivelmente através de uma incubadora tecnológica? Aliás, também outras formas de incentivar a geração de empregos e a diversificação econômica, mas parece que todos nós temos um par de sapatos atravessado na cabeça e só pensamos nisso!

Estes dias fomos pegos de surpresa por uma propaganda na TV, acho que do governo federal, dizendo que a TV aberta é um privilégio brasileiro. Tudo bem que em alguns países do mundo, a TV não é aberta e você precisa pagar por mês para ter acesso, como se fosse a tarifa da água, luz ou telefone. Mas será que não está na hora de discutir a qualidade da TV aberta no Brasil?

Depois de um cansativo dia de trabalho, você chega em casa e liga a TV para se distrair. Mas qual a surpresa ao constatar que não tem quase nada para assistir! Você tem 31 canais via satélite, através da parabólica, dos quais metade é leilão de boi e cavalo, outra parte é programa de igrejas e o resto são aqueles negócios enjoativos de menor lance único, onde você pode ficar rico gastando alguns centavos do seu telefone. Salvo raríssimas exceções, a TV brasileira virou isso. Só isso!

À propósito: nada contra igrejas terem programa na TV, leilões de bois pela TV, mas cadê a programação? Está de um jeito que você tem que dar graças a Deus ter algo pra se distrair, então, melhor nem se preocupar em exigir algum programa cultural ou documentário informativo.

A mensagem positiva do dia mostra que “quanto maior, maior é o tombo”: “Quanto mais um sujeito se acha importante, mais fácil tomar o lugar dele”, de H. Jackson Brow Jr.
(quinta, 17/04/08)