Quanto custa um deputado? R$ 11 mil por minuto

R$ 11,5 mil por minuto: é isso que ganha um deputado federal. Na reportagem do Bom Dia Brasil, fica claro que cada parlamentar (deputado ou senador) custa R$ 10,2 milhões para os contribuintes brasileiros, contra R$ 3,9 milhões na Itália e apenas R$ 1,2 milhão na Argentina. Os números são todos da Transparência Brasil e já divulgamos neste espaço.

A desigualdade no Brasil á tamanha, que dá até nos nervos. O trabalhador que ganha um salário mínimo vai levar 30 meses para ganhar o que um deputado fatura em apenas um minuto. Ou seja, se o trabalhador ganhar R$ 380,00 líquidos no fim de um mês de trabalho, precisará trabalhar dois anos e meio para conseguir os R$ 11,5 mil que os nobres deputados ganham em um minuto.

Quando você terminar de ler esta coluna, do início até o fim, saiba que o deputado federal que você ajudou a eleger já terá faturado R$ 23 mil. Isso se você for rápido, porque se você ler meio devagar esta coluna, neste tempo o teu deputado vai ter faturado cerca de R$ 35 mil.

Enquanto isso, o cidadão que ganha apenas um salário mínimo levará, nada mais nada menos, que 90 meses pra arrecadar os ditos R$ 35 mil que o deputado ganha em três minutos. Ou seja, quase oito anos para ganhar o que o teu deputado ganha no tempo que você usa para ler esta coluna. É o fim da picada mesmo!

A chuva parece que deu uma trégua. Foi tanta chuva que em julho de 2005 choveu 127mm, em julho de 2006 choveu 120mm e em apenas quatro dias deste mês choveu 188mm. A previsão é frio para o resto da semana, para alegria, não só dos lojistas e dos proprietários das malharias, como para todos que já estavam enjoados de tanta chuva.

Tem vereador que tem mania de usar a tribuna para agradecer a funcionários públicos que lhe atenderam bem. Isso é a legítima conversa pra boi dormir, afinal, elogios precisam ser feitos, mas não é necessário usar a tribuna da Câmara para isso. Se bem que, por outro lado, atender bem é apenas uma obrigação de todos nós. Alguém iria ler esta coluna se aqui a gente começasse, todo santo dia, a elogiar o garçom do restaurante, o frentista do posto ou o caixa do banco?

Os Centros das nossas cidades parece que estão morrendo. Em quase todas as cidades – como Dois Irmãos, Ivoti, Estância e Nova Petrópolis – a principal avenida não é a preferida, mas uma das mais xingadas. Avenidas como a Presidente Lucena em Ivoti e a São Miguel em Dois Irmãos estão se tornando caóticas devido ao trânsito. Faltam vagas para estacionamento e alguns comerciantes já estão reclamando que isso está influenciando no faturamento.

Dois Irmãos agora entra na lista de cidades onde há suspeita de fraude em concurso público, assim como Lindolfo Collor. Logicamente que ainda vai levar tempo para confirmar ou não as suspeitas. Mas algo chama a atenção, porque o nome da cidade é colocado em xeque apenas porque contratou uma das empresas investigadas.

Ora, não seria melhor primeiro averiguar se a determinada empresa também fez falcatrua nas cidades antes de jogar ‘as coisas” no ventilador? Não há dúvida de que tudo precisa ser esclarecido. E, se houve favorecimento - ou ‘mutreta’, como se diz ‘no popular’ – é preciso punir os culpados.

Isso é muito mais grave do que fraudar uma licitação, por exemplo. As pessoas estudam, se prepararam para o concurso e alimentam sonhos com a vaga. Fazer falcatrua em concurso é um crime que vai contra a consciência, contra os sonhos das pessoas. Se houve fraudes, é preciso julgar e punir, mas também não podemos jogar o nome da cidade no lixo e somente depois pedir os documentos para investigar se houve ou não fraudes.

À propósito: deputados ganham R$ 11,5 mil por minuto e ainda tem gente que se vende por uma galinhada paga a cada quatro anos! Se o Brasil fosse um circo, sabe quem seriam os palhaços?

A pergunta que está na boca do povo: o que acontecerá se o dólar quebrar a barreira e vier abaixo de R$ 1,90?

A pergunta que não quer calar: alguém lembra de tanto esquema de corrupção ter sido estourado no passado?
A mensagem positiva do dia: “Devemos aceitar as pessoas como elas são, porque além de ninguém tem garantia ou manual de instrução, não temos a pretensão de ser alguém perfeito”.
(quarta, 11/07/07)