Estamos em pleno século 21 e algumas cidades ainda não têm entrega de correspondências. É impressionante, mas ainda existem municípios em que não há serviços de carteiros nas casas. Já imaginou o enorme prejuízo que isso traz para empresas? Quantas empresas já foram parar no cartório com títulos protestados por não ter um serviço de carteiro decente?
Santa Maria do Herval é apenas um dos municípios que não tem serviço de carteiro. Nem a Prefeitura recebe as cartas, pois precisa deslocar um funcionário para ir buscar suas correspondências diariamente nos Correios. Esta é apenas uma das várias cidades que conheço que não têm carteiros.
Além das cidades, tem os casos onde há bairros inteiros que também não têm carteiros. O serviço funciona apenas no Centro e nos bairros não tem entrega. Infelizmente este é o Brasil onde vivemos, enquanto políticos passam a mão na grana do povo, nós ficamos sofrendo sem um serviço digno.
Aliás, com raríssimas exceções, se dependermos de serviço do governo, estamos perdidos. São filas para uma informação na Previdência, fila para confeccionar um documento, burocracia do tamanho de um elefante para se aposentar e uma verdadeira via crucis para conseguir atendimento pelo SUS.
O que está ocorrendo no Senado é a demonstração mais clara da falta de ética, moral, caráter, enfim, falta de vergonha na cara, que virou moda em Brasília. São tão poucos os senadores que se salvam que até dá pena! A revista Veja diz que há, no Senado, apenas quatro exceções à regra: Pedro Simon, Jefferson Perez, Demóstenes Torres e Jarbas Vasconcelos. Ou seja, o resto é tudo um bando de safados e são apenas quatro “os mosqueteiros da ética”, como Veja apresenta o quarteto.
Uma casa de bandidos é no que vai se transformando o Congresso do Brasil. A coisa é tão indignante que basta pesquisar alguns sites de notícias que vamos encontrar reportagens e mais reportagens que se reportam a roubalheira de Brasília. E tudo com o aval do povo, que sofre e xinga, mas que continua reelegendo o mesmo bando.
O brasileiro não gosta de ler ou assistir nada sobre isso, porque é cansativo, é sempre a mesma história: falcatrua, corrupção, roubo, escândalo, pouca vergonha... Mas, infelizmente, é preciso continuar divulgando para que as barbaridades não sejam ainda maiores.
A coisa é tão grave que 268 dos 513 deputados federais, por exemplo, respondem a 387 processos diferentes. Excetuando-se os crimes de opinião (79 processos são por calúnia, injúria ou difamação), ainda assim sobra 308 ações que vão de furto (2) a desvios de verbas (11), passando por crimes contra o patrimônio público (21) até chegar aos crimes eleitorais (79).
E não é só isso: mais de metade da casa responde a processos no Supremo Tribunal Federal. Isso é o que afirma Maria Jandyra Cavalcanti Cunha, pesquisadora do Núcleo de Estudos em Mídia e Política da Universidade de Brasília. Fica a pergunta: votamos em políticos para fazer as nossas leis ou para aprontar falcatruas e investigar uns aos outros? Se fechar o Congresso hoje, será que não terminaria a roubalheira?
Com telefones grampeados ou câmeras escondidas, o Brasil está vendo e ouvindo, nu e cru, políticos do mais alto escalão caindo do cavalo. Tem político que está, sem saber, concedendo a si próprio uma extrema-unção. Sem choro, nem vela.
À propósito: que mania o brasileiro tem de ser reclamão! Tem gente que sabe o ano inteiro que vai acontecer um evento, mas deixa tudo pra última hora, por exemplo, para avisar o jornal. Todos nós devemos saber que ‘urgente’ é tudo aquilo ‘que você’ se enrolou e não teve competência para fazer com ‘antecedência” e agora quer que ‘os outros’ façam em ‘tempo recorde’.
A pergunta que não quer calar: porque ainda é tão difícil tirar uma nova carteira de identidade?
A pergunta que está na boca do povo: porque enquanto o presidente Lula viaja o mundo todo, o povo brasileiro fica aqui trabalhando como burro de carga pra pagar imposto?
A mensagem positiva do dia: “Não procure felicidade dentro de outro ser humano, e sim dentro do seu próprio coração. Muitas vezes ele está tão perto que não conseguimos enxergá-lo, pois o essencial é invisível aos olhos”.
(terça, 10/07/07)
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