Previsões para a Encosta da Serra

Os municípios de Dois Irmãos, Ivoti e, enfim, o Vale do Sinos, tem várias candidaturas a deputado federal e estadual. Mas quantos deles se elegem? Atualmente o Vale tem um deputado federal (Molling) e um deputado estadual Fixinha (além de Zulcke), que é de São Leopoldo). Mas na eleição há quatro anos o Vale tinha três deputados federais eleitos (Redecker, in memorian, e Tarcísio, hoje prefeito de Novo Hamburgo). Conseguirá eleger três novamente? E para Estadual, não cabem três deputados do Vale também? Quem tem chances? Claro que aqui não posso escrever este passa, aquele não passa, mas quem conversou comigo sabe que já tenho esta “previsão”.
Acompanhe a seguir algo importante dos candidatos da região...

ADEMIR
Ademir Schneider terá que batalhar muito para se eleger deputado federal. É uma eleição muito difícil e, para lograr êxito, precisa fazer entre 50 e 100 mil votos. Mas muito mais do que isso, Ademir precisa ficar entre os oito deputados federais da coligação que mais somarão votos (atualmente o PP tem cinco, PSDB tem dois e PPS tem um). Talvez a coligação consiga eleger nove ou 10, mas devido ao efeito Tarso e Dilma, se manter as sete cadeiras e aumentar uma, já podem se dar por satisfeito.
É uma eleição muito difícil. Não dá pra dizer que ele não vai se eleger, porque um prefeito de Herval chegar ao posto ser candidato a deputado federal demonstra que Ademir consegue voar alto. A campanha de Ademir foi uma das maiores já vistas no Vale do Sinos e isso pode ser outro fator decisivo. Devido ao fato de ter integrado o governo Ieda, este é o ano do Ademir, se não for agora, dificilmente terá outra chance semelhante, não só pelo governo Ieda, como pelo quadro de adversários no Vale. Aumentará bastante sua densidade na região, sem sombra de dúvidas, se comparar com quatro anos atrás. Mas não é fácil. Passa ou não passa?

MARCEL
Marcel van Hattem terá uma eleição nada fácil. Ele precisa pontuar bem para ficar entre os mais votados da coligação. Este é o primeiro ponto, independente da quantidade de votos. Marcel tem eleição difícil, mas teve todo o tempo do mundo para que sua campanha criasse asas pelo Estado todo, quando foi presidente da JPP. Mas como saiu de mero estudante e se tornou vereador em Dois Irmãos, quando ninguém apostava nele, também tem chances de se eleger. Mas não será fácil! Passa ou não passa? Uma coisa pode ser dita: pode fazer mais votos no Estado todo, mas perdeu densidade na região, fruto do trabalho que ficou mais espalhado, que pode aumentar votação em outras regiões.

ARNALDO
Arnaldo Kney está melhor preparado que há quatro anos atrás. Trabalhou no governo Ieda e isso aumentou sua base eleitoral. No entanto, sua densidade eleitoral na região não deve aumentar muito, devido ao atual quadro eleitoral, mesmo que Arnaldo tenha criado mais condições de campanha. Na última campanha, ficou por um triz e quase foi primeiro suplente. Pode se eleger se conseguir uma boa colocação entre os mais votados da coligação. Não adianta ser bem votado, se o partido não somar tantos votos para aumentar a bancada. Passa ou não passa?

MAURO ROSO
Mauro Roso é vice-prefeito de Dois Irmãos e pega carona na dobradinha com Cherini. Ele disse que faz votos em várias regiões do Estado, mas o objetivo de muitos é fazer uma estrondosa votação na cidade para concorrer a prefeito nas próximas eleições. Por este motivo, a campanha de Mauro foi concentrada em Dois Irmãos.
Quem será o mais votado destes candidatos a deputado estadual na cidade?