Previsões eleitorais para o Rio Grande

Com tanta confusão causada por Serra e Temer no Rio Grande, que só contribuíram para detonar com candidaturas de Ieda e Fogaça, Tarso papa no primeiro turno. Ninguém apostaria nisso, mas tem tudo para acontecer. A falta de simpatia de Ieda e Fogaça também contribuíram, apesar de Tarso também ter faltado na fila de simplicidade e simpatia quando Deus distribuiu.
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TARSO
Tarso Genro ganha a eleição no primeiro turno. Depois de tantos anos, ele levará o PT para o Piratini, que já foi habitado por Olívio Dutra em 1998. Há um ano atrás, se alguém dissesse isso, com certeza seria internado num hospício. Ninguém acreditaria que o PT paparia a eleição num turno único. E Tarso conseguiu porque pegou carona no foguete que foi a campanha de Dilma e Lula. Pra ajudar, os adversários foram jogando a campanha fora a cada novo dia e a cada nova visita de “apoiadores” do Centro do País. Com apoiadores como estes que vieram ao Rio Grande, ninguém precisa de inimigo.
FOGAÇA/POMPEO
A chapa de PMDB e PDT foi implosiva. Sozinha, conseguiram implodir duas candidaturas que, se fossem separadas ou coligadas com outros partidos, poderiam até vingar. A coligação não vingou porque PMDB e PDT são mais que adversários neste Rio Grande afora. Na maioria dos municípios, PMDB e PDT são inimigos. E as ocorrências policiais de épocas de campanha falam por si. Também seria internado num hospício qualquer eleitor do PDT que fosse visto, há dois anos, circulando de carro pelas ruas com aquela música da campanha de Fogaça (Fogaça, Fogaaaça, Fogaaaaça...) Mas hoje os dois partidos estão “unidos” – na teoria, porque na prática, não deu certo! Além de tudo, PDT e PMDB apóiam Dilma “lá em cima”, mas alguém embestou de fazer o PMDB apoiar Serra. Deu briga na base e Serra puxou a campanha de Fogaça pra baixo. Outro “detalhe” importante foi a falta de motivação de Fogaça, que mostrou a mesma cara numa festa ou num velório. Qualquer semelhança com Serra é mera coincidência.
IEDA
A governadora Ieda Crusius teria “saído por cima” se tivesse pegado seu boné e nem tivesse concorrido. Fez um bom governo, de obras e investimentos, pagou dívidas e “fez bonito”, mas a falta de simpatia – igual Serra e Fogaça – não tinha como vingar. Só deu certo uma vez, porque o adversário era o PT de Olívio, que também não passou na fila da simplicidade quando Deus distribuiu os sorrisos. A campanha já começou torta quando encostaram nela um vice de um partido nanico. Berfran Rosado (PPS) nunca teve expressão e foi presidente da Corsan dos tempos que Britto era do PMDB. Fez parte daquela turma que largou o PMDB e foi para o PPS. Destes, não sobrou ninguém e até Fogaça voltou ao PMDB. Com uma dobradinha destas, esquecendo-se do forte PP que veio de arrasto para a coligação, Ieda só estaria fadada ao fracasso. E as pesquisas mostram isso. Falando em PP, se o partido tivesse confiado na simpatia e popularidade de Ana Amélia, poderia, quem sabe beliscar um segundo turno desta eleição. Pra “ajudar” Ieda, Serra caiu ladeira abaixo nas pesquisas e puxou Ieda junto.

**Efeito Serra e Temer: Serra veio ao Rio Grande e pediu votos a Fogaça (do mesmo PMDB do vice de Dilma). Isso mostrou que o PSDB estava desunido. Temer viria ao Estado e subiria no palanque de Fogaça, mas o partido deste não apóia Temer e Dilma, mas sim, Serra.