Presidente eleito terá o desafio de fazer as reformas que o Brasil precisa

Precisamos não só de uma reforma tributária eficaz e urgente, mas de várias outras reformas na área política, previdenciária, econômica, social, penal, civel e de muitas outras reformas estruturais.

Senhor presidente – ou senhora presidente! – faça uma agenda de reformas hoje mesmo e dê asas ao positivismo que invade o Brasil e o coração dos brasileiros a cada nova eleição.

O que podemos esperar do novo presidente do Brasil? Independente de quem foi o eleito, se foi um homem ou uma mulher, o novo governante precisar retribuir os seus votos, dedicando-se inteiramente ao povo brasileiro.

Nada de encher o serviço público federal de cabos eleitorais inoperantes, nada de se esconder atrás de escândalos políticos ou de entregar nosso ouro ao bandido. O mundo aposta no Brasil e foi por este motivo que, dentre todos do BRIC, o País escolhido para uma Olimpíada e uma Copa do Mundo juntos foi o Brasil e não a Rússia, a India ou a China. O novo presidente precisa aproveitar o mar de otimismo do mundo para com o nosso País e trabalhar, trabalhar e trabalhar!
Hoje o novo presidente já deve fazer um pronunciamento ao povo e ao mundo todo, dizendo a que veio. É preciso deixar claro que o novo governante diga que já está com as mangas arregaçadas para mudar o que precisa e continuar o que está bem. O novo governante precisa assumir que será o capitão deste imenso transatlântico de dimensões continentais que é o Brasil e que precisa navegar em águas calmas, mas com velocidade maior.
Antes de mais nada, é inevitável que, para o Brasil crescer mais e melhor, precisamos fazer as tão propaladas reformas que nossos dois últimos presidentes não fizeram. Ambos, de dois partidos antagônicos, mesmo com oito anos cada um, não tiveram coragem e vontade de fazer as reformas. O Brasil não pode continuar amarrado e com uma carga tributária que engessa o crescimento. Precisamos não só de uma reforma tributária eficaz e urgente, mas principalmente, de várias outras reformas na área política, previdenciária, penal, econômica, social e de muitas outras reformas estruturais. O Brasil precisa de várias reformas, a começar pelo terreno político, onde se encontra a chave para a resolução dos muitos problemas que explicam o nosso baixo desempenho econômico.
Senhor presidente – ou senhora presidente! – faça uma agenda de reformas hoje mesmo e dê asas ao positivismo que invade o Brasil e o coração dos brasileiros a cada nova eleição. Comece com uma reforma política, fazendo uma limpeza nas excrescências indevidas da Constituição, faça uma reforma administrativa com diminuição do número de Ministérios para que tenhamos um aproveitamento melhor do trabalho e dos recursos, faça uma reforma econômica ampla, com diminuição da carga tributária e redução das despesas do Estado, e, não esqueça, de uma reforma trabalhista radical, no sentido da flexibilização da legislação atual, que bota o patrão contra a parede e trata o funcionário como um mendigo. Precisamos de uma reforma educacional completa e uma reforma que dê prosseguimento à abertura econômica, para o Brasil avançar cada vez mais, sem esquecer de uma reforma penal, que não coloque o cidadão de bem atrás das grades – da sua casa – deixando o bandido a solta, como se fosse o quarto poder.
Acima de tudo, queremos um presidente que transforme o Estado e as empresas estatais em uma máquina eficiente e não um cabide de empregos para afilhados políticos. Queremos que o novo presidente governe o país com equipes mais técnicas do que políticas e que tenha metas a cumprir, não simples promessas eleitoreiras que acabam esquecidas e enlameadas em meio a escândalos do governo.
- Assinado por: Mauri Toni Dandel e publicado no Diário em 1/11/2010.