Uma palavrinha de Chatô: o exemplo de 100 anos atrás

“O carro próprio é hoje o melhor índice de prosperidade. O importante não é ter dinheiro, mas transmitir a ilusão de que ele não anda longe de mim. A fortuna não anda mais a pé, mas de automóvel”.

“As sociedades vivem de mitos. Quero que a burguesia alimente o mito da minha petulante fortuna, porque é dessa burguesia que precisarei, muito em breve”.

A frase inicial desta coluna parece tão atual! Mas não é atual e nem é minha! Embora se encaixe perfeitamente aos dias atuais, esta falácia foi de Assis Chateubriand, ainda em 1.918.

Chatô foi o Rio do Brasil, mandando mais que muitos presidentes da República, dono do maior império jornalístico brasileiro. Neste livro que leio sobre a sua biografia, ele arremata: “Eu só advogo para ganhar dinheiro e comprar um jornal. Acha que andando de bonde e fazendo vida de classe média inspiro confiança aos acionistas da futura gazeta?”

Feliz, ou infelizmente, as palavras de Chatô, há quase 100 anos, continuam atuais. Principalmente no que se refere a política!

A operação da Polícia Federal está fazendo uma devassa em oito prefeituras do Estado. É só mais uma prova de que nem tudo é um mar de rosas entre os políticos gaúchos. Felizmente nossa região continua ilesa destas negociatas e há mais dinheiro para investir em obras que beneficiem o povo.

A Prefeitura da capital lançou a campanha "Eu curto, eu cuido", para ampliar cuidados com a cidade. É uma boa ideia para ser copiada na nossa região, tornando os moradores cúmplices de uma cidade bem cuidada. É preciso envolvimento do povo, o que não há mais nos dias de hoje.

As estatísticas do Sebrae indicam que 60% das 500 mil pequenas e microempresas que são abertas todos os anos no Brasil fecham as portas antes de completar cinco anos.

Em vez do governo apoiar as grandes, deveria liberar crédito aos pequenos. Em vez do BNDES ajudar a Pão de Açúcar a comprar o Carrefour, deveria ajudar pequenos mercados e indústrias de alimentos.

A mensagem positiva do dia: “Teus atos e não o teu conhecimento determinam o teu valor”, de Johann Fichte. Pense nisso!

Pra encerrar: Nunca se explique. Seus amigos não precisam, e seus inimigos não vão acreditar. E é verdade!