Falta investimento em Saúde

Tanto se fala na chamada “ambulância-terapia” no Rio Grande do Sul e, pelo visto, isso não vai ter fim nunca. Pacientes de todos os recantos do Estado são levados para hospitais de Porto Alegre.

Em vez do nosso País investir em Saúde com hospitais regionais, para cada região cuidar do seu doente, sem ficar carregando eles pra cima e para baixo nestas estradas ruins e cheias de pedágio. A culpa disso, em parte, é do governo. Mas um vereador que “trabalha com saúde” contou que a grande vantagem de levar pacientes a Porto Alegre é o baixo custo do atendimento de consultas e exames, quando isso não é feito pelo SUS.

Segundo ele, enquanto uma consulta de certa especialidade - que preferimos não exemplificar – custa em torno de 100 reais nas cidades do interior, a mesma sai por apenas 25 reais na capital. “Pra consultas, remédios e exames, levamos todos para lá porque é mais barato”, contou o “profissional em saúde”.

Isso vem esclarecer para muitos que “ambulância-terapia” não é só levar pessoas pra consultas ou exames na capital. Muitas vezes, se leva pacientes a capital para serem atendidos de forma particular e, ainda por cima, gastando pouco. O que pensar de um negócio desse?

Aliás, é incrível, mas até flanelinha cobra mais caro quando o “cliente” é do interior. Quando você vai em um jogo da Dupla Gre-Nal a primeira coisa que os “donos do pedaço” fazem é olhar a placa do teu carro. Se é de Porto Alegre ou região metropolitana, o preço é algo como 5 reais, mas se é do interior, o preço sobe para 10 ou 15 reais.

Falando nisso, o pior de tudo não é a cobrança mais cara de quem é do interior. O pior é que esta classe aluga um espaço que não é dela e ainda cobra para prestar um serviço que eles não fazem. Você vai no jogo e o rapaz diz “bem guardado” - e faz a cobrança antecipada - mas depois quando você sai do estádio, em vez dele estar guardando o teu carro, já está no primeiro boteco tomando uma cervejinha com teu suado dinheirinho.

À propósito: E onde estão nossas autoridades que fazem vista grossa para isso? Talvez ninguém se deu conta, mas os flanelinhas – que estão ‘trabalhando’ em vez de estarem roubando – estão fazendo um serviço que era para ser da polícia e das nossas autoridades. Por que se admite concorrência neste caso?

A mensagem positiva do dia: “Devemos valorizar mais as pessoas, procurar olhar as qualidades! Devemos deixar as críticas excessivas de lado, levantar a estima das pessoas ao invés de traumatizá-las, deixando-as constrangidas por muitas vezes não se enquadrarem no grau de perfeição que "você" tem como padrão. Ora, ninguém é perfeito e todos nós temos defeitos. Vamos nos elogiar mais, vamos nos ajudar mais, em vez de ficarmos falando mal e criticando”.
(quinta, 28/08/08)