Vender docinho por troco dá processo

Alguns comerciantes da nossa região foram advertidos por estarem utilizando balas – os antigos caramelos – como troco para clientes. Com certeza algum cliente recebeu balas em vez de alguns centavos de troco, reclamou para órgãos competentes e lá veio alguma autoridade advertir os comerciantes.

É um caso um tanto complicado, pois dificilmente um comerciante vai enfiar balas “goela abaixo” para o cliente. Principalmente no ramo de supermercados, onde vários produtos custam, por exemplo, R$ 2,98, como arrumar troco para tanto preço “quebrado”? Nem nos bancos você consegue tantas moedas de um centavo para usar como troco.

É uma polêmica e que merece ser mais debatida, afinal, se o cliente não quiser aceitar umas “míseras balinhas” como troco, basta reclamar na hora. E se o comerciante precisa de troco, as agências bancárias precisam disponibilizar em quantidade suficiente. E se fosse o contrário, em vez de um produto custar R$ 2,98 e custasse R$ 3,02, será que o cliente teria dois centavos para o preço? Talvez esta política de vendas tenha que ser repensada...

Outra reclamação constante e em qualquer cidade é de comerciantes que reclamam da ação dos vendedores ambulantes. Literalmente, em finais de semana, as cidades são invadidas por vendedores que vendem de tudo, como roupas, calçados, frutas e quinquilharias diversas.

Comerciantes reclamam que pagam seus impostos e geram emprego, enquanto estes vêm, muitas vezes com produtos roubados e vendem mais barato. Na verdade, os ambulantes “furtam” seus futuros clientes vendendo produtos mais baratos e com qualidade inferior. E o preço é menor porque, as vezes, ou o produto é furtado ou porque este não paga imposto e não enfrenta tanta burocracia como os comerciantes locais.


À propósito: Porque o Rio Grande tem tanto processo judicial? Qualquer cidadão que foi mal atendido pelo médico, sofreu um acidente de trânsito, não gostou do acerto na hora da demissão na empresa, ou qualquer outro motivo, vai lá na justiça e entra com um processo judicial. Quem viaja para outros estados como Paraná ou Santa Catarina e vê outra realidade, fica apavorado com as coisas que acontecem no nosso Rio Grande. Porque tudo vira em processo?

A pergunta que não quer calar: para onde vai o dinheiro das multas de trânsito?

A pergunta que está na boca do povo: porque apenas alguns colonos estão sendo multados por supostas agressões ao meio-ambiente, quando em outros estados, como o Mato Grosso, a degradação é enorme e as autoridades competentes fazem “vista grossa”?

Uma frase curiosa: “Quando estiver triste, converse com o cimento, pois nessa vida só devemos acreditar naquilo que um dia será concreto”

A mensagem positiva do dia: "Na batalha da vida só vencem os fortes e um homem forte sempre determina o seu destino".
(terça, 11/09/07)