Entidades têm mais força que políticos

Há alguns anos atrás, quando algum comerciante, sapateiro ou agricultor, reclamava da classe política, sempre dávamos a sugestão para que estes entrassem na política. Sempre dizíamos que, para mudar a política, então o melhor eram entrar “novos ares” no cenário, para moralizar e mudar o mundo político.

Os anos passaram e a gente mudou de opinião. Somos flexíveis o suficiente para assumir que mudamos. Hoje, quando alguém diz que quer entrar na vida política para dar novas sugestões e trabalhar pelos trabalhadores, sejam comerciantes, empresários ou operários, a gente diz exatamente o contrário.

Em vez sugerir que outras pessoas entrem na política, sugerimos que fiquem fora. Afinal, do jeito que as coisas estão não é aconselhável largar tudo para entrar na política. Acreditamos que hoje em dia se pode fazer muito mais pela comunidade estando “fora” do que “dentro” da política.

Uma andorinha não faz verão, já dizia o ditado. Do que uma pessoa bem intencionada será capaz em um cenário viciado? Não que os nossos atuais políticos sejam de todo ruins, mas as se coisas não funcionam como o povo gostaria, não será um ou dois que vão mudar tudo. O mais provável é que “este um” mude e fique “igual aos outros”.

As nossas entidades têm uma força enorme, talvez falta despertar este poder em suas diretorias. Por exemplo, acreditamos que um presidente de CDL, ACI ou associação de moradores tem mais poder sendo “apenas” isso do que se fosse vereador. Até porque não podemos misturar as entidades com a política, que aí não dará nada certo.

Ao entrar na política, você ganha adversários políticos, o que prejudica não só no seu campo profissional como também o andamento das coisas na entidade que você faz parte. Então, como é impossível tirar todos os atuais políticos de uma vez só, o melhor é trabalhar “por fora” do que metido no seio da política.

À propósito: será que se o povo entendesse tanto de política como entende de futebol, o Brasil não seria um país melhor? Aliás, o futebol sempre foi uma “cortina de fumaça” para esconder problemas e escândalos políticos. Se fosse feita uma estatística, com certeza é em ano de Copa do Mundo, por exemplo, quando acontecem as maiores “barbaridades” e sacanagens políticas!

A pergunta que não quer calar: porque o Rio Grande nunca reelege o mesmo partido e o mesmo político para o Piratini?

A pergunta que está na boca do povo: será que 1% do nosso eleitorado já foi em uma sessão da Câmara de Vereadores?

A mensagem positiva do dia: “Mantenha elevado seu otimismo na vida!Quem possui o coração cheio de amor, nada teme! Arrosta todos os vendavais da vida, com um sorriso nos lábios, afinal, na química os opostos se atraem, mas na vida, semelhante atrai semelhante e, se você for alguém negativo ou mal, vai atrair isso para você”.
(quarta, 12/09/07)