Uma grande empresa da região anunciou que se aparecessem 200 profissionais qualificados de uma determinada área, todos seriam contratados na mesma hora.
A dificuldade
de encontrar quem tenha preparação adequada pra preencher vagas afeta muitos
setores da economia brasileira. É o apagão de mão de obra qualificada. Entre
2001 e 2010, o país criou quase 18 milhões de empregos com carteira assinada,
um aumento de 68%. Em todo o país, segundo o Ministério, de quase 1,5 milhão
oferecidas no primeiro semestre, pouco mais de 20% foram preenchidas.
O que
parecia um caminho para um ciclo virtuoso deu de cara com barreiras que
muitos não previram, como a precária infraestrutura do país e a falta de mão de obra qualificada. Um hotel de porte médio da região, que opera com 20 funcionários, está, hoje, com apenas 15. Falta de funcionários qualificados. Já as construtoras reclamam da falta de mão de obra em geral, pois faltam pedreiros e até serventes, o que acarreta demora na entrega das obras, sejam pavimentações, casas ou prédios. Uma grande empresa da região anunciou que se aparecessem 200 profissionais qualificados de uma determinada área, todos seriam contratados na mesma hora.
muitos não previram, como a precária infraestrutura do país e a falta de mão de obra qualificada. Um hotel de porte médio da região, que opera com 20 funcionários, está, hoje, com apenas 15. Falta de funcionários qualificados. Já as construtoras reclamam da falta de mão de obra em geral, pois faltam pedreiros e até serventes, o que acarreta demora na entrega das obras, sejam pavimentações, casas ou prédios. Uma grande empresa da região anunciou que se aparecessem 200 profissionais qualificados de uma determinada área, todos seriam contratados na mesma hora.
A origem do problema é uma velha conhecida: a precariedade
da educação brasileira. No Brasil formou-se um desencontro entre a escola e o
trabalho. Porque o trabalho se expandiu, as tecnologias evoluíram e a escola,
não. Nossa educação não conseguiu acompanhar a evolução da geração de empregos.
Nossa educação ficou atrasada. E isso afeta muito o crescimento do país. Os
estudantes chegam de forma inadequada na universidade porque não teve uma
educação básica. E vão reproduzir as mesmas práticas quando chegarem ao mercado
de trabalho. Apesar de ser hoje a sexta
maior economia do mundo, o Brasil está na rabeira quando o assunto é
produtividade. Estamos na posição 46 numa lista que tem 59 países. Quando se
analisa somente a educação, o buraco fica mais fundo. Somos o 54º.
Dos 192 milhões de brasileiros, 93 milhões estão aptos a
trabalhar. O problema é que, de acordo com a Organização Internacional do
Trabalho, cerca de 90% dos novos empregos no Brasil com carteira assinada exige
pelo menos o ensino médio completo, o antigo colegial. Só que quase metade dos
trabalhadores não completou nem o ensino fundamental, da primeira à oitava
série. E 16% enquadravam-se na condição de analfabetos funcionais, aqueles que,
embora consigam ler, não são capazes de interpretar textos ou fazer as
operações matemáticas mais simples.
O mundo do trabalho não quer apenas canudo, apenas diploma.
A escola de hoje ensina, na melhor das hipóteses, a passar no exame. É preciso
uma revolução na educação não só para termos melhores profissionais, mas para
se adaptar no conceito de que hoje precisamos de neurônios e não de músculos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário