“A Lei Áurea foi assinada em 13 de maio de
1888, enquanto a maioria dos que vieram da Alemanha chegaram 1.929, ou seja, 40
anos depois”.
A última edição do Ideb, o termômetro do nível da
educação no Brasil, divulgada pelo governo federal, revelou um quadro desolador
do ensino médio. Na rede pública, a média ficou em 3,4 e na rede privada, em
5,7, um desempenho quase 70% melhor. Mas esta não foi a pior notícia do ano: a
tragédia maior, a Lei de Cotas para egressos do ensino público, negros, índios
e pardos, é outra forma equivocada de corrigir distorções.
A Lei de Cota Racial é ruim porque
vai mascarar a péssima qualidade da educação da escola pública, além de acabar com a meritocracia. A prova disso é que o caminho da Educação no Brasil é formado por um X, onde o aluno da escola particular cursa universidade pública e o aluno da escola pública, tem que pagar para cursar uma universidade. Em vez de o governo tentar mudar este quadro, melhorando o ensino básico para que o aluno da escola pública tenha chances, por méritos, de chegar a uma universidade pública, ao contrário, o governo vai criar um atalho, fazendo com que o aluno saia despreparado de uma escola pública para conquistar uma vaga na universidade pública.
vai mascarar a péssima qualidade da educação da escola pública, além de acabar com a meritocracia. A prova disso é que o caminho da Educação no Brasil é formado por um X, onde o aluno da escola particular cursa universidade pública e o aluno da escola pública, tem que pagar para cursar uma universidade. Em vez de o governo tentar mudar este quadro, melhorando o ensino básico para que o aluno da escola pública tenha chances, por méritos, de chegar a uma universidade pública, ao contrário, o governo vai criar um atalho, fazendo com que o aluno saia despreparado de uma escola pública para conquistar uma vaga na universidade pública.
Nada contra se de 10 vagas em uma universidade pública,
cinco estivessem reservadas a alunos de escolas públicas. Ajudar as
universidades particulares para que tenham preços mais acessíveis aos egressos
da escola pública ou, quem sabe, dar incentivos as escolas particulares para
que permita o acesso facilitado aos que não tem dinheiro, mas tem talento que
não mereça estudar na precária escola pública, reprovada com nota vermelha no exame
do Ideb.
A ideia de conceder
estímulos aos que sempre viveram em desvantagem é boa e justa, mas o critério
racial não é o mais sensato. Neste caso, muito mais justo que fosse o critério
econômico, afinal, pobres, seja negros ou brancos, tem as mesmas dificuldades e
problemas. Então porque só os negros tem
a Lei de Cotas a seu favor? A Lei Áurea, que aboliu a escravatura foi assinada
em 13 de maio de 1888, enquanto a maioria dos que aqui vivem na região, por
exemplo, vieram da Alemanha, Itália ou outros países somente em 1.929, ou seja,
40 anos mais tarde. É justo ajudar somente os negros pobres, que ganharam a
liberdade há 125 anos no Brasil, ou seria melhor ajudar também os brancos pobres,
cujos ancestrais vieram em navios – assim como os negreiros – há 80 anos? É de
se pensar!
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