As pessoas são lesadas por crime ou golpe, mas não registram ocorrência com medo ou pelo incômodo
Crescem a olhos vistos os números do crime no Brasil e no Rio Grande. Mas, de vez em quando, aparece alguma autoridade com a ousadia de dizer que a criminalidade está baixando. Em vez de comemorarmos isso, o que deveríamos fazer é chorar, porque isso reflete apenas um problema a mais: a falta de confiança do povo na Justiça. Se temos menos assaltos e arrombamentos, ou seja, pequenos furtos, não é porque a bandidagem está agindo menos. Salvo raríssimas exceções, o caso é que a maioria está tão descrente da Justiça que nem procura mais a Polícia para registrar ocorrência. O que mais a gente ouve por aí quando alguém é vítima de furto de aparelhos de CD em carro ou outro pequeno delito é: “porque registrar ocorrência se não vai dar em nada mesmo?”
Crescem a olhos vistos os números do crime no Brasil e no Rio Grande. Mas, de vez em quando, aparece alguma autoridade com a ousadia de dizer que a criminalidade está baixando. Em vez de comemorarmos isso, o que deveríamos fazer é chorar, porque isso reflete apenas um problema a mais: a falta de confiança do povo na Justiça. Se temos menos assaltos e arrombamentos, ou seja, pequenos furtos, não é porque a bandidagem está agindo menos. Salvo raríssimas exceções, o caso é que a maioria está tão descrente da Justiça que nem procura mais a Polícia para registrar ocorrência. O que mais a gente ouve por aí quando alguém é vítima de furto de aparelhos de CD em carro ou outro pequeno delito é: “porque registrar ocorrência se não vai dar em nada mesmo?”
Em outros casos, as pessoas são lesadas por crime ou golpe maior, mas não registram ocorrência com medo ou pelo incômodo. Foi por isso que comerciantes de certa cidade gaúcha, há alguns dias, não foram à DP reconhecer três supostas ladras de roupas em lojas, conforme foi noticiado na imprensa. Disse-nos um comerciante: ir lá reconhecer pra amanhã ela estarem na rua e virem aqui me intimidar?
Não, senhores! A criminalidade não está baixando! Ao contrário, está aumentando, mas o povo é que não tem confiança na Justiça. A culpa não é da Polícia, que na maioria das vezes faz sua parte, mas das nossas Leis e da Justiça. Em alguns casos, a Polícia prende hoje e a Justiça larga amanhã, como estamos cansados de ver na imprensa. No entanto, deve ficar claro para a comunidade que não podemos colaborar com o fato de falsos números acabar iludindo nossas autoridades. Sempre que a gente for vítima de alguma ocorrência policial, vamos registrar ocorrência, sim, com um sem burocracia e, mesmo que não se recupere o que nos foi furtado, pelo menos não vamos deixar a criminalidade baixar “só nos números”.
Por: Mauri Toni Dandel
Repórter e acadêmico de Jornalismo da Unisinos
blog: mauridandel.blogspot.com
e-mail: m.tonidandel@gmail.com
Por: Mauri Toni Dandel
Repórter e acadêmico de Jornalismo da Unisinos
blog: mauridandel.blogspot.com
e-mail: m.tonidandel@gmail.com
2 comentários:
Olá Mauri.
Antes de começar a escrever, quero parafrasear alguns pensadores: Pois acredito que existe mais entre uma prefeitura e um senado, do que um cidadão comum pode imaginar.
Muitas vezes li a sua coluna no Diário. Muitas vezes concordo com você, outras não. Mas acredito que esse olhar que você tem, é muito importante, pena que nem todas as pessoas tem esse hábito ou essa preocupação. As pessoas geralmente aceitam tudo, reclamam um pouco mais acabam aceitando.
Esse tema que você aborda nesse tópico, me chama atenção já faz algum tempo. Basta sair na rua, e olhar apra as casa, que cada vez mais parecem "celas", criando verdadeiras muralhas.
O que me passa pela cabeça é o seguinte: o que meia dúzia de policiais vão fazer contra uma quadrilha que geralmente ataca com armas muito mais "poderosas"? Precisamos lembrar que o policial também é um ser humano. Aí que surge a minha maior indignação, o que faz um ser humano roubar do outro, ou pior matar um outro ser humano? Faço o mesmo questionamento , que fez José Saramango: " vivemos uma quadra estranha da humanidade, onde as pessoas conquistam os espaços siderais mas não conseguem chegar, solidárias, à porta do vizinho."
Mauri. Essas questões são e devem ser cada vez mais pertinentes em nossos dias. Pois em meu ponto de vista, passamos por um momento de transformação na sociedade, e isso causa um grande desiquilibrio, uma perda de controle.
Abração e sucesso.
Mauri se um dia você ter um tempo passa lá no meu espaço.
http://baguncacognitiva.blogspot.com/
valeu
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