A destruição do crack

Envelhecer vinte anos em apenas um. O crack é uma droga tão devastadora que pode viciar logo na primeira vez, causando danos irreparáveis no cérebro, destruindo a vida não só de quem usa, mas também de quem vive ao seu redor.

As mortes ocasionadas pelo crack não são mais notícia apenas em telejornais de grandes centros, pois aqui na região o crack já está fazendo suas vítimas. A droga já é uma droga, como diz o nome, mas o crack é a pior dentre todas.

Algo que não consigo entender é a estratégia de entidades que levam pra dentro das escolas ou pra encontros públicos sobre drogas, alguns palestrantes que são ex-viciados. O que adianta criticar a droga, que mata e destrói, e depois levar ex-drogados pra dar palestra, contar suas tragédias pessoais e como saiu do vício!

A propósito: será que a criança ou adolescente não vai entender que droga é ruim, mas pode entrar neste mundo e sair dele a hora que bem entender, como explicou “aquele tiozinho da palestra”?

Nesta época do ano, depois das sete da noite é difícil encontrar uma alma viva caminhando pelas ruas de nossas cidades. Algo muito diferente do que acontece em Gramado, onde a movimentação é grande até o fim da noite. Pena que nossas cidades não surfam na onda, crescendo a sombra do turismo de Gramado e Canela.

A propósito: por que no inverno é noticiada previsão de neve na Serra a cada fim de semana que se aproxima?

A quantidade de rifas e ações entre amigos que existe na região é um caso de polícia. Não existem números oficiais pra comprovar, mas são dezenas de rifas varrendo cada cidade simultaneamente. As entidades encontram neste meio uma forma de angariar fundos, mas o comércio se sente explorado.

A pergunta que não quer calar: você lembra em quem votou na última eleição pra senador?

A pergunta que está na boca do povo: por que o senador Zambiasi, que fez um caminhão de votos há oito anos, está colocando a viola no saco e sequer deve ir a reeleição?

A mensagem positiva do dia: “É impressionante como o ser humano é agarrado a sua rotina e vira as costas paras as coisas novas. Parece que temos medo de mudar, de crescer, de progredir. O grande problema é que nossos sonhos, mesmo sufocados, são teimosos e não param de causar desconforto, assim como as coceiras, enquanto não tiverem atenção. Às vezes, você não precisa ser teimoso e remar contra a maré, apenas deixe as águas seguirem seu curso, pois o tesouro escondido pode estar no porto logo adiante, após a curva do rio”.
(quarta, 01/07/2009)