Com a proximidade do Natal estão começando a aparecer várias campanhas de Natal com vistas a presentear crianças e famílias carentes. São iniciativas louváveis, em sua maioria, por pessoas que querem fazer o bem, através de um trabalho voluntário, para os menos favorecidos.
Há alguns anos atrás a gente realizava várias campanhas de Natal, nos bastidores, como sempre, pra não aparecer. Com alguns amigos voluntários, a gente fazia a Festa de Natal para as crianças carentes, onde servíamos lanches e bebidas para as crianças, com distribuição de presentes. Um ano foi no Campo do 7, outro na Igreja Matriz e assim por diante.
Com outros voluntários, nós fazíamos a campanha Cartas para o Papai Noel, onde chegávamos a receber mais de 1.000 cartinhas a cada Natal. A partir daí, procurávamos padrinhos para “adotar” as cartas e distribuir os presentes solicitados pelas crianças.
A terceira campanha que a gente fazia, com outros voluntários diferentes, era arrecadar donativos em mais de 70 locais de Dois Irmãos. Muita coisa era recolhida e repassada para a Pastoral da Criança fazer a distribuição para os carentes.
Nos últimos dois anos não estamos fazendo nenhuma campanha. Um sorriso de uma criança pagava todo o esforço, mas outras coisas ruins que aconteciam durante este trabalho voluntário fizeram com que pendurássemos as chuteiras.
Você batalha para fazer uma festinha e enquanto vêm crianças para tomar um refrigerante e ganhar um cachorro-quente de graça, você vê o pai torrando dinheiro em cervejada. Se não tem dinheiro para dar um lanche pro filho, como tem dinheiro pra encher a cara?
Outro fato é você ver um comerciante da cidade se emocionar com uma cartinha de um menino que pede uma bicicleta, ele doa uma bicicleta usada, mas em perfeitas condições, você vai entregar, a criança fica com o olho brilhando de feliz, mas a mãe proíbe o filho de aceitar a bike porque “não queria coisa velha pro filho” e prefere deixar ele sem bicicleta, do que andando com uma que tenha pequenos arranhões na pintura.
Claro que as crianças, pequenos inocentes, não têm culpa pelos pais que têm. Mas antes de lembrar das crianças carentes somente no Natal, melhor seria se a sociedade cuidasse mais destes pais desnaturados que deveriam ser presos por botar filho no mundo e não cuidar.
Os casos citados acima magoam a gente, mas o principal motivo por não organizarmos campanha alguma desde 2005 é a falta de tempo e de apoio. Mas colocamos nosso trabalho e espaço no jornal, no blog ou na rádio a disposição para colaborar e divulgar quem trabalha voluntariamente no Natal.
Deixe seu comentário ou texto no mauridandel.blogspot.com que divulgaremos e poderemos dar nossa humilde contribuição. E se você pode, faça sua campanha e faça o Natal mais feliz de alguém, mas não esqueça que o Natal é só um dia dos 365 do ano.
(segunda, 08/12/08)
Um comentário:
Mauri, voluntariado é assim mesmo.Nunca se deve esperar um obrigado, pois tem pessoas muito mal agradecidas, mas o sorriso de uma criança é puro e este sim é o verdadeiro obrigado. Sinto muito que vcs tenham se desapontado e desistido, muitas crianças, sairam perdendo, e são elas que realmente merecem, pois esses pais ingratos, sequer deveriam ter o direito de ter filhos. Uma coisa eu aprendi de casa: quem não valoriza as pequenas coisas, não merece as grandes. Uma coisa que me deixa muito triste também, é empresas fazerem doações e caridade apenas para divulgar a empresa, se não é por uma causa nobre, eu tenho repudio disso,mas é apenas a minha opinião. Muitos dizem que isso é ter "faro" para o negócio, é ser empreendedor e inovador... eu tenho minhas dúvidas, acho uma baita sacanagem. Fica o recado então para no Natal nós fazermos alguma coisa pelas crianças carentes por menor que seja a caridade. Por elas e somente por elas, mesmo que um pai ali adiante torre tudo em bebida, a criança não tem culpa, pois além de conviver com um alcoólatra, vai ficar sem presente no Natal.
Abraços Simone Feiten
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