O Sul leva o Brasil nas costas

O mapa do Brasil não poderia ser mais verdadeiro do que realmente é. Literalmente, o Rio Grande é a base de apoio para o restante do País. Em outras palavras, é o Rio Grande que leva o Brasil nas costas.

Aqui na região Sul todo mundo vive bem, com emprego, muito trabalho – e pouco lazer – com comida na mesa e, por incrível que pareça, ainda precisa driblar os governos que só emperram nosso sucesso. Já na parte “mais alta” do nosso país, nas regiões do Norte e Nordeste, o governo oferece gratuitamente faculdade, cesta básica, escola, saúde, festa, festa e festa.

Logicamente fica fácil para quem mora na parte “de cima”, pois ganhando muitos benefícios públicos, o povo de lá só poderia ser festeiro, alegre e feliz. Ganhando tudo de mão beijada do governo, acabam se acostumando com “pouco”. Diferente de quem mora no garrão do Brasil e precisa “carregar todo o peso do Brasil”.

Se nossas regiões tem emprego e geram muitos impostos, é graças ao empreendedorismo dos nossos empresários e ao suor e ao bom trabalho dos funcionários, ou como dizem atualmente, dos colaboradores. Aqui, governo nenhum ajuda ninguém, aliás, ao contrário, só atrapalha. O povo, se quer ter saúde, escola, segurança e comida na mesa, precisa trabalhar, trabalhar e trabalhar para pagar do seu bolso.

Está na hora do governo brasileiro tratar nosso País com unidade e dar direitos iguais para todos. Esta bandeira nós sempre defendemos: direitos iguais para todos. Se tem condições de dar cesta básica “lá pra cima”, não precisa dar cesta básica para nós também, mas que o governo dê condições para o povo nordestino ter uma vida melhor, mas “ensinando a pescar em vez de dar o peixe”.

À propósito: o governo precisa oferecer trabalho para que o povo da “parte alta” do Brasil possa gerar renda e ter uma vida mais humana do que levam os retirantes. O Brasil é um só e não pode ter idéias separatistas, mas não podemos continuar deste jeito! Com raríssimas exceções, é assim que as coisas são!

A pergunta que está na boca do povo: Se a renda nos municípios “de lá” é menor, porque eles tem o dobro de políticos que nós temos em Brasília?

A pergunta que não quer calar: você sabe quantos secretários municipais tem o teu município?
Para encerrar, a mensagem positiva do dia é muito importante para os dias atuais onde falta sinceridade: “Precisamos de pessoas que olhe nos olhos quando a gente fala e que ouça as nossas tristezas e neuroses com paciência. Precisamos de alguém que venha brigar ao nosso lado sem precisar ser convocado, alguém amigo o suficiente para dizer-nos as verdades que não queremos ouvir, mesmo sabendo que podemos odiá-lo por isso”.
(terça, 23/10/07)